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Nintendo Switch é aquele console né, que todo jogador de PC Master Race olha com um misto de curiosidade e desdém. Sim, admito que precisei engolir meu orgulho para encarar Turbo Boost Racing, mas só porque me emprestaram o console — comprar um? Jamais. Já existe o Steam Deck que tem basicamente toda biblioteca do Steam, emuladores e muito mais jogos e é bem mais robusto. Mas tudo bem, vamos lá!
E aqui estamos, analisando esse jogo de corrida arcade no Switch, porque às vezes a vida te força a sair do conforto da sua máquina de 20 mil reais com RGB sincronizado.
História? Quem precisa disso?
Vamos ser sinceros: Turbo Boost Racing não está aqui para contar histórias. Não há uma narrativa épica ou personagens memoráveis. A única motivação do jogo é que você acelere até o limite, vença corridas e desbloqueie carros que, se fossem reais, provavelmente custariam um rim. E quer saber? Tudo bem. Nem todo jogo precisa de uma trama digna de Oscar. O foco aqui é a adrenalina pura, e nisso ele entrega com um sorriso no rosto (mesmo que você esteja se perguntando o que está fazendo longe do teclado e mouse). Lembra um pouco a atmosfera daquele jogo chamado FULL AUTO, lançado no começo do Xbox 360.
Jogabilidade: Arcade raiz com açúcar de sobremesa
Logo de cara, percebi que Turbo Boost Racing é uma carta de amor aos jogos de corrida arcade dos anos 90. Pense em algo entre Burnout e Need for Speed Underground, mas com uma pegada mais leve e menos preocupada em ser realista. Os controles são simples e responsivos, perfeitos para o Switch, embora a ergonomia do console tenha me deixado desejando a firmeza de um bom teclado mecânico.
Os boosts são o coração da jogabilidade. Você acumula nitro executando manobras como drifts milimétricos e quase-acidentes (aquela sensação de “quase morri, mas tô vivo”), e liberar o nitro no momento certo pode transformar uma corrida perdida em uma vitória gloriosa. A trilha sonora eletrônica que acompanha os boosts adiciona uma camada extra de adrenalina, e por um momento, até me esqueci que estava jogando no Switch.
Circuitos: Diversidade em alta velocidade
O jogo oferece uma boa variedade de pistas, cada uma com sua própria identidade visual. Desde ruas urbanas cheias de neon até desertos escaldantes e estradas cobertas de neve, cada circuito tem obstáculos únicos que mantêm a experiência fresca. Aqui, senti ecos de Trackmania, com loops e saltos que desafiam tanto sua habilidade quanto sua sanidade. Ah, e tem aquela IA “de graça”, que sempre parece errar a curva exatamente quando você precisa ganhar — isso ou eles sabem que você está jogando num Switch e resolveram pegar leve.
Gráficos: É bonito, mas no Switch
Visualmente, Turbo Boost Racing é impressionante… para os padrões do Switch. Claro, se você comparar com qualquer jogo rodando em 4K com ray tracing no PC, ele parece uma pintura em aquarela. Mas, dentro do que a plataforma oferece, os gráficos são vibrantes e estilosos. Os efeitos de luz, especialmente durante os boosts, são um espetáculo à parte. É como se o jogo dissesse: “Olha, sabemos que não somos um RTX 4090, mas estamos fazendo o nosso melhor.”
Progressão e customização: É aqui que o bicho pega
Um dos pontos altos do jogo é a sensação de progresso. Cada vitória te aproxima de novos carros, pinturas e personalizações. Não espere algo no nível de um Forza Horizon, mas há charme na simplicidade. Personalizar seu carro para combinar com o cenário (ou apenas para parecer ridículo) é surpreendentemente divertido. Porém, senti falta de opções mais robustas. Uma pintura metálica a mais aqui, um decalque exclusivo ali, e o jogo teria subido alguns degraus na escada do “aceitável para Master Racers”.
Comparações com clássicos e cultura pop
Turbo Boost Racing me fez lembrar de Midnight Club 3: DUB Edition, com sua abordagem mais focada no entretenimento do que na precisão. A sensação de velocidade e os boosts me remeteram diretamente a F-Zero, embora sem a intensidade absurda que faz você gritar de medo (ou alegria). Também há um quê de Hot Wheels Unleashed na forma como as pistas são desenhadas para desafiar a gravidade e o bom senso.
Os momentos “por que não estou no PC?”
Não vou mentir, houve momentos em que jogando no Switch me senti um peixe fora d’água. A ausência de uma resolução absurda, de taxas de quadros acima dos 144 FPS e de periféricos dedicados me fez suspirar pelo meu setup. Mas, para um console portátil, Turbo Boost Racing faz milagres. Só fico pensando como seria lindo rodar isso no ultra com mods adicionando carros insanos como o Batmóvel ou o DeLorean de De Volta Para o Futuro.
Multiplayer: A cereja no bolo
O modo multiplayer é onde o jogo brilha. Jogar localmente com amigos ou competir online adiciona uma camada de replay que transforma Turbo Boost Racing em algo maior do que apenas mais um arcade de corrida. Infelizmente, a latência no online foi um problema ocasional, mas nada que arruinasse a experiência. Joguei com um amigo que também é Master Racer, e nós dois concordamos que, com um pouco mais de polimento, esse poderia ser um verdadeiro destaque na biblioteca do Switch.
Prós e Contras
Prós:
- Jogabilidade ágil e divertida: Simples de aprender, difícil de dominar.
- Variedade de pistas: Cenários criativos e desafiadores.
- Estilo arcade raiz: Pura diversão sem se levar muito a sério.
- Gráficos vibrantes: Impressionante considerando as limitações do Switch.
- Modo multiplayer: Ideal para partidas rápidas com amigos.
Contras:
- Falta de profundidade na personalização: Poderia oferecer mais opções para os entusiastas.
- Problemas de latência no multiplayer: Pode frustrar em corridas competitivas.
- Ausência de um sistema de progressão mais robusto: Um modo carreira mais elaborado seria bem-vindo.
Nota Final: 8/10
Turbo Boost Racing é uma surpresa agradável, mesmo para um elitista da Master Race como eu. Ele não tenta reinventar a roda, mas oferece uma experiência divertida e cativante, especialmente se você estiver disposto a dar uma chance ao Switch. Claro, não chega aos pés de uma corrida ultra-realista em 4K com ray tracing, mas talvez, só talvez, seja bom lembrar que nem tudo precisa ser tão sério. Se você tem um Switch (emprestado ou não), vale a pena conferir.